
Introdução: A
santificação é ação de Deus e responsabilidade humana. A necessidade de
santidade em nosso tempo. O mal presente do século XXI.
1.
Deus
tem nos chamado a santidade:
1
Tessalonicenses 4.7: Paulo mostra que Deus nos chamou para a santificação que é
algo totalmente contrário à impureza. A santidade é necessário para tudo o que
Deus chama a fazer, sendo ela um estímulo e deve ser encarada pelos crentes
como um estímulo para a procura e prática da santidade.
2.
A
santidade é a evidência da nossa justificação e eleição:
1
Coríntios 6.11: Paulo diz que a santificação é o resultado da justificação,
onde sem esta última, a primeira nunca seria realidade em nossas vidas. São diferentes
em seus objetivos, mas inseparáveis. A justificação dá aos filhos de Deus pelos
méritos de Cristo o direito ao céu e a audácia de estar em sua presença. Já a
santificação proporciona ao crente a idoneidade para gozar desses direitos
recebidos pelos méritos de Jesus Cristo.
2
Tessalonicenses 2.13: Paulo diz que a eleição é inseparável da santidade. Somos
santos porque fomos escolhidos por Deus e fomos escolhidos para sermos santos,
onde a eleição é a causa da nossa salvação e a santificação é a evidência da
nossa salvação, o que deve nos trazer conforto e alegria de saber que somos
escolhidos de Deus.
3.
Sem
santidade todas as coisas são corruptas:
Através
de Cristo, Deus santifica os seus filhos e faz com que suas orações e ações
sejam aceitáveis. Sem Jesus, as obras humanas são corrompidas, segundo Paulo
diz em Tito 1.15.
4.
A
santificação aumenta nossa saúde espiritual:
A
santidade é a saúde espiritual. E um dos meios que Deus geralmente para tratar
da nossa saúde espiritual é através da disciplina. Através dela Deus molda o
nosso caráter, produzindo uma santidade genuína. Através de Jesus recebemos uma
nova conta de Deus e através da santificação uma consciência limpa, onde sem
elas não temos uma saúde espiritual e não veremos a Deus (Hb 12.11-14).
5.
A
santidade promove segurança:
Os
crentes que buscam ter uma vida santa diante de Deus possuem uma segurança
diária, por meio da leitura e estudo da Palavra de Deus, da oração, e dos
sacramentos (Ceia, ex.), obedecendo ao que Deus determina em sua Lei. A
Confissão de Fé de Westminster Cap. XVIII e os Cânones de Dort Parte V,
baseados na Bíblia dizem a mesma coisa. Quando não há essa busca então a pessoa
perde esse sentido de segurança diária, pois ela:
1.
Vive despreocupadamente – tomam o pecado
de forma imprudente e ficam desatentos com a devoção e o estudo diário da
Palavra de Deus.
2.
Vive inativamente – é aquele que assume
uma postura de que não pode fazer nada para promover a santificação, como se a
santidade fosse fora de nós, com exceção de algumas raras ocasiões nas que algo
muito especial passa por dentro dela.
De
ambas as maneiras evidenciam que o crente não age responsavelmente contribuindo
com a sua santificação e isso resulta de que não tem muita segurança e nem
estará obedecendo ao chamamento de Pedro para buscá-la 2 Pe 1.10. As duas
posturas mencionadas são a receita para a obscuridade espiritual diária,
inutilidade e esterilidade espiritual.
6.
A
santidade é essencial para o serviço eficiente a Deus:
Paulo
em 2 Timóteo 2.21 une a santificação com a efetividade, ou seja, aquele que se
santifica, cresce mais e fica mais diligente em realizar a obra de Deus com
eficiência. Sempre desejará fazer o melhor.
7.
A
santidade nos dá uma semelhança com Deus:
Quando
a pessoa busca pela santidade, as suas atitudes apresentam um coração que tem o
amor de Deus nele. Como diz Thomas Watson: “Devemos nos empenhar em ser como
Deus em santidade. E um claro espelho em que podemos ver um rosto; é um coração
santo em que se pode ver algo de Deus”. Mateus 5.48 Jesus nos incentiva a
sermos semelhantes ao Pai.
8.
O
Deus que amamos, ama a santidade:
Deus
ama a pureza, pois Sua natureza é Santa. E como declara citado pelo autor
William Gurnall que “Deus ama tanto a pureza, que em lugar de ver uma mancha
nas vestiduras de um filho sujo, prefere ver um buraco”. Deus deseja que
sejamos santos (1 Pe 1.15, 16; cf. Lv 11.44, 45).
9.
A
santidade preserva a nossa integridade:
Nos
livra de querermos ser os famosos crentes
domingueiros, que são aqueles que acham que o culto é somente aos domingos.
A santificação nos dá vitalidade, propósito, significado e direção a vida
diária. Paulo nos mostra isso em 1 Co 10.31, que tudo o que fazemos é um culto
e para a glória de Deus.
10. A santidade prepara
para o céu:
John
Owen, um teólogo muito famoso no meio acadêmico diz que não existe a
possibilidade de se ter um desfrute de Deus em um estado de bendição sem que
haja a santificação. A santidade que será aperfeiçoada no céu começa aqui na
terra. Hebreus 12.14 nos diz isso.
Conclusão:
Como ação de Deus – Ele nos elegeu
para que fôssemos santos. A vivermos em santidade, dizemos que somos eleitos de
Deus. Por isso, Eleição e santificação estão intimamente relacionadas. Sem
santidade tudo o que fizermos é corrupto. Deus também nos guarda do mal, é a
sua promessa (Mt 6.13).
Como responsabilidade humana – ao
buscar uma vida de santidade, vemos a nossa contribuição nesse processo, desenvolvendo
a nossa santidade como a Bíblia determina, tendo uma segurança diária, sendo
eficientes na obra de Deus e tendo nossa integridade preservada, sendo crentes
que cultuam a Deus em todo o lugar e não somente na igreja. Como seres
responsáveis, somos exortados a nos afastar do mal (1 Ts 5.22).
Aplicação:
1.
Gratos
a Deus por ter nos escolhido para sermos santos e entendermos sua disciplina
como meio para nos santificar.
2.
Buscarmos
a santificação sendo pessoas: amorosas, generosas (dividindo o que temos com os
outros), temperantes, que guardam a língua, que guardam os pensamentos de
coisas impuras, que saldam os seus compromissos, etc.), rejeitando valores e
coisas que são más e que nos levam a uma vida de prisão no pecado e no vício.
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