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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Atos 1.8: O poder para pregar o Evangelho:


Introdução: Marcos 16.14-18 e Romanos 10.8-17.
Narrativa:
·         Lucas é o autor do livro de Atos e do Evangelho de Lucas (Lucas 1.1-4; Atos 1.1-5).
·         Atos dos Apóstolos, ou melhor Atos do Espírito de Cristo, foi escrita entre os anos 60 – 64 d.C., onde possivelmente começou a escrever na Antioquia e terminou a obra em Roma.
·         Os destinatários eram um grupo de cristãos, onde o seu representante principal era um homem da alta sociedade romana chamado Teófilo recém-convertido ao cristianismo.
·         Atos é a continuação do Evangelho de Lucas, e ele tem por propósito a história do começo do cristianismo no sentido geral, bem como mostrar que Jesus continua vivo e ativo por meio dos discípulos, onde eles continuam a evangelização, são alguns dos propósitos.
·         Contexto: 1.1-11.
A ascenção de Jesus e a promessa da descida do Espírito Santo.
O poder para pregar o Evangelho:
I.                   É dado ao povo de Deus (v.8a):
Jesus no início desse versículo diz (v.8a – ler). Ele usa a expressão “mas” para mostrar que aquilo que eles deveriam fazer não era se preocupar com o que na verdade era algo exclusivo da preocupação de Deus e cuidarem apenas daquilo que lhes foram confiados. Por isso no v.7 Jesus diz: “não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade.” E aí o v.8 diz que os discípulos receberão poder.
Em outras palavras, o que Jesus está dizendo é: “A parte de Deus é um assunto exclusivo Dele e ele irá cuidar, agora vocês farão aquilo que lhes será confiado segundo o que foi prometido, que é receber o poder para cumpri-la.” Por isso vejo que o peso do verbo recebereis não está somente na questão do tempo, futuro próximo, mas sim de que o que está sendo dito é algo que realmente vai acontecer, uma certeza.
E esta certeza é a promessa de que os discípulos receberão poder. A palavra poder no grego é dynamis, e ela significa que os discípulos receberão um poder espiritual, serão capacitados para uma tarefa que lhes foi confiados, que é testemunhar, o qual veremos no final deste verso. Tal promessa não é nova, mas antiga que é mencionada em Joel 2.28, onde as pessoas receberão poder para profetizar, terem visões e sonharão.
 Jesus em Mateus 10.19: “E quando vos entregarem, não cuideis em como ou o que haveis de falar, porque naquela hora, vos será concedido o que haveis de dizer.”
Em Lucas 24.49 Jesus diz: “Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.”
Os discípulos receberam o poder espiritual para pregarem a palavra de Deus com suas vidas e palavras, para efetuar curas e sinais, conforme vemos acontecer no livro de Atos, como a sombra de Pedro que passou e curou (Atos 5.15), como Paulo que repreendeu o espírito da jovem advinhadora (Atos 16), etc. E Lucas continua apresentando as palavras de Jesus que o poder para pregar o Evangelho que é dado ao povo de Deus é:
II.                É do próprio Deus (v.8b):
Veja o que Jesus diz nessa parte (v.8b – ler). O verbo descer sobre vós pode se traduzir por vir em cima ou vir sobre. Este verbo apresenta a ideia de uma ação que acontece uma única vez, no qual o seu significado é a vinda do Deus Espírito Santo sobre os discípulos e Apóstolos de Jesus para que eles possam realizar a tarefa que Jesus irá lhes falar no final deste versículo.
Esse momento era importante para o povo de Deus, pois somente com o auxílio do Espírito Santo é que os discípulos seriam capazes de pregar o Evangelho. Por esta razão, vemos que no Antigo Testamento, todos os trabalhos que Deus mandou os seus servos fazerem, a Terceira Pessoa da Trindade estava sobre eles e que Ele estará sempre sobre o seu povo:
Êxodo 31.2, 3: “- Eu escolhi Bezalel, filho de Uri e neto de Hur, da tribo de Judá, e o enchi com o meu Espírito. Eu lhe dei inteligência, competência, e habilidade para fazer todo o tipo de trabalho artístico;”
Salmo 51.11: “Não me expulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito.”
Joel 2.28: “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões.”
Mateus 3.11: “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas as sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com Espírito Santo e com fogo.”
Atos 1.5: “Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois desses dias.”
Assim, o poder dado aos crentes é um poder que vem do alto, o qual é do Espírito Santo, sendo somente pelo seu poder que somos capazes de cumprir a tarefa que Jesus nos dá, pois o próprio Jesus é o batizador, conforme vemos em Mateus 3.11, onde ele nos batiza com graça (Espírito Santo sobre nós) e aos incrédulos com juízo (fogo), onde todos os crentes que recebem o Espírito Santo são batizados por Ele, porque são selados comprovando que pertencem a Deus e que foram chamados para uma tarefa especial (cf. Ef 1.13, 14).
Em João 16.7, 8, 13, 14, Jesus diz aos seus discípulos que o Consolador (Espírito Santo) será enviado por ele após ele subir ao Pai no qual é o Espírito que convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo, onde ele guiará a toda a verdade, e também glorificará a pessoa de Jesus Cristo. Não por ser inteligente ou persuasivo que os discípulos completarão a tarefa, mas por causa do poder e da pessoa do Espírito Santo.
Paulo diz em 1 Coríntios 12.3: “Por isso, vos faço compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema, Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus! Senão pelo Espírito Santo.” Pois o Espírito de Deus age em nosso coração nos levando a usar corretamente nossa responsabilidade humana por meio de um ato de obediência.
III.             É com o propósito de nos capacitar para testemunhar em todo o mundo (v.8c):
Jesus depois de mencionar que eles receberão poder do Espírito Santo que descerá sobre eles para os capacitarem a cumprir tarefa que fala no final deste verso (v.8 – ler). Jesus usa a expressão e sereis minhas testemunhas. O verbo sereis mostra a certeza daquilo que os discípulos farão no futuro próximo que é ser testemunhas de Jesus. A palavra grega usada para testemunhas é a palavra mártyres, de onde vem a palavra mártir.
E o que significa essa palavra? Significa que os discípulos serão anunciadores da palavra de Jesus para todos os lugares, com suas palavras por meio da pregação bem como pela sua vida, através de atos onde confirmam a sua fé em Jesus em todos os momentos, sejam tranquilos e ainda mais nos momentos em que suas vidas estejam ameaçadas e venham a morrer violentamente por causa do Evangelho.
E aonde essas pessoas irão testemunhar? Jesus então apresenta a sua estratégia de ação missionária para aqueles que irão cumpri-la pelo poder do Espírito Santo: Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra. Jesus traça aos discípulos a extensão do programa missionário que ele mesmo criou, no qual o pré-requisito para que os discípulos participem é terem recebido o Espírito Santo que lhes é dado pelo mesmo Cristo. Jesus ministrou em Jerusalém, na Judéia e na Samaria, e agora a sua ação vai além dos limites geográficos dessas regiões, onde progressivamente atingirá todas as nações da terra.
Por isso vemos que Atos tem um dos propósitos de abordar acerca da importância da evangelização, pois foi uma ordem dada por Jesus à comunidade dos crentes, onde ela tem o seu cumprimento seguindo a ordem mencionada por Jesus: 1. Jerusalém (Atos 1.8-8.1); 2. Judéia e Samaria (Atos 8.2-10.48) e 3. Confins da terra (Atos 11.1-28.31).
Podemos lembrar da Parábola do grão de mostarda e do fermento onde mostra que o Reino de Deus cresce em extensão e intensidade: “O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda, que o homem tomou e plantou no seu campo; o qual é, na verdade, a menor de todas as sementes, e, crescida, é maior do que as hortaliças, e se faz árvore, de modo que as aves do céu vem aninhar-se nos seus ramos. O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.”
Conclusão:
O que podemos aprender com Atos 1.8?
1.      Que a capacidade para pregarmos o Evangelho vem do Espírito Santo que habita em nós.
2.      Que a nós Jesus confiou à tarefa de continuarmos o programa missionário que foi passado aos discípulos.
3.      Que devemos considerar como um grande privilégio e ao mesmo tempo uma grande responsabilidade anunciarmos o Evangelho com as nossas vidas e estarmos dispostos ao ponto de sofrermos afrontas por amor a Cristo.
4.      O Evangelho deve ser pregado a todos em todo o mundo sem distinção de raça, sexo, idade ou condição social.
Aplicação: Obedeça a esse chamado:
1.      Crescendo na comunhão com Deus através do estudo da Palavra e da oração.
2.      Dispondo-se para anunciar a Jesus com sua vida aonde você estiver. 

Que Deus lhes abençoe

Rev. Eric Ewans Mendes



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