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terça-feira, 25 de outubro de 2011





A santidade nas Escrituras (Antigo e Novo Testamentos):
Texto base: Isaías 6.3.

Introdução:
·       No estudo anterior, vimos que santidade significa sermos separados por Deus para uma vida de consagração, sendo tal consagração de maneira integral, todos os dias, todo o ano.
·         Continuando nosso estudo, o que o Antigo e Novo Testamento apresenta a nós acerca da santidade?
1.      Santidade no Antigo Testamento:
Quando o Antigo Testamento trata acerca de santidade, a primeira coisa que vemos é que santidade é inicialmente relacionada a Deus.
Salmo 99.9 – o autor sagrado afirma que o seu Deus, ou melhor, o nosso Deus (SENHOR) é santo.
Isaías 6.3 – Esse texto que lemos apresenta a visão que Isaías teve durante o seu chamamento onde viu a manifestação da glória de Deus e os serafins afirmando que Deus é imensamente, totalmente santo onde o profeta descreve por meio de um superlativo (santo, santo, santo = imensamente santo).
Essas duas passagens indicam que a natureza de Deus é puramente e totalmente santa. O SENHOR Deus de Israel é a fonte de toda a santidade, pois é a essência do seu ser. A santidade de Deus é o ponto de partida de tudo o que a Escritura nos revela acerca de Deus. Podemos ver três verdades com respeito a Deus:
A.    A santidade de Deus denota o seu caráter de ser separado ou diferente do resto da sua criação:
A palavra hebraica mais usada é a palavra Qadosh, que significa separado ou afastado. Deus está acima e além da sua criação, sendo que Ele é incomparável, conforme vemos nas seguintes passagens: Dt 4.35, 39; I Rs 8.60; Is 40.18; 45.5, 6, 14, 18, 21, 22; 46.9; Jl 2.27.
B.     A santidade de Deus denota a sua total separação de tudo aquilo que é sujo e pecaminoso:
Deus é a fonte de toda a perfeição moral. Por isso, é impossível que Ele esteja associado ou que aceita qualquer imoralidade, pois sua santidade é retidão e total pureza (Hb 1.13).
C.    Por Deus estar afastado do pecado, Ele somente é acessível por meio de um santo sacrifício:
Por causa dos nossos pecados somos afastados de Deus (cf. Gn 3.12; Is 59.2), assim, se faz necessário que para Deus se aproximar de nós e nós Dele seja realizado um santo sacrifício (Lv 17.11; Hb 9.22), no qual a finalidade era receber o perdão dos pecados para assim poder desfrutar da comunhão com Deus. Somente pelo sacrifício é que poderia receber o perdão.
O santo sacrifício no Antigo Testamento envolver um animal que fosse macho e sem nenhum defeito (cf. Lv 1.3), no qual era um sacrifício temporário que prefigurava o sacrifício definitivo que estava ainda por vir, que é Jesus, o cordeiro de Deus, que por graças a ele, Deus pode habitar no meio do seu povo novamente (Os 11.9), pois o Messias tira o pecado do mundo (Jo 1.29).
Isso indica que pelo fato de Deus Pai, Filho e Espírito Santo serem santos em sua essência una logo tudo que está associado a Deus deverá ser santo (Cf. Êx 12.16; 16.23; 20.7; Lv 11.44; 16.30; Dt 7.6; Sl 2; 20.6; 24.3, 4; 47.8), do qual Israel é o povo do pacto de Deus, chamado para a santidade, sendo orientados a consagrar as suas vidas a Deus, ter uma vida de santidade e de santa adoração e também à pureza de coração.
2.      Santidade no Novo Testamento:
O Novo Testamento salienta tudo o que está no Antigo acerca da santidade, apresentando com maior ênfase na Santa Trindade e na consagração dos crentes. A santidade se atribui a cada pessoa da divindade no NT.
João 17.11 – O Pai é chamado de Pai Santo.
Marcos 1.24; João 6.69 – O Filho é chamado O santo de Deus.
Lucas 2.25 – O Espírito de Deus é chamado de Espírito Santo, sendo aqui em Lucas uma das mais de 80 vezes que menciona a Terceira Pessoa da Trindade.
O Novo Testamento apresenta para nós três pontos importantes acerca da santidade:
A.    O Novo Testamento Enfatiza a dimensão ética da santidade:
A ênfase é dada sobre a santidade interior em lugar da santidade ritualística. O testemunho de Jesus é fundamental nesse sentido, pois ele viveu uma vida em completa santidade (Hb 7.26; 1 Pe 2.22). Como resultado de sua obra redentora, aquele que crê Nele são declarados justos para viver em santidade (Hb 10.10).
B.     O Novo Testamento salienta o caráter normativo da santidade dos crentes:
A santidade é uma característica de todos os verdadeiros seguidores de Cristo. Um termo comum para designar os crentes é a palavra hagioi, que é freqüentemente traduzida por santos, a qual não se refere a pessoas de santidade superior, mas sim ao crente normal que é santo em Cristo (1 Co 1.30), a santidade é uma realidade interior de todos que estão unidos a Cristo.
Apesar de muitas vezes nos sentirmos como ímpios e nunca atrevemos a nos chamarmos de santos, Deus considera todos os seus eleitos como santos e piedosos em e através da perfeita obediência, ativa e passiva, de seu filho amado. Em 1 Pe 2.9 vemos que somos chamados de raça eleita, sacerdócio real, nação santa. Por amor de Cristo o estado dos crentes é de santos diante de Deus, onde nos quais tem por Cristo condições de ter o Espírito Santo habitando nos corações.
C.    O Novo Testamento contempla a santidade como transformadora de toda a pessoa:
O Apóstolo Paulo em I Tessalonicenses 5.23, diz que a santidade é algo total e integral na vida do crente. Ao mesmo tempo, é certo de que isso está fora de alcance do crente enquanto permanecer nesta vida, pois ainda são imperfeitos e pecam, mas, o crente sempre prossegue na busca da perfeição sendo seu objetivo e petição (2 Co 7.1; Fp 3.12-14), onde no decorrer do tempo com o crescimento na comunhão com Deus o nosso interior é transformado e aperfeiçoado até chegar o momento da completa e total santidade.
Conclusão:
·         O Antigo e Novo Testamento mostra que a fonte de toda a santidade está em Deus por ter uma natureza totalmente e imensamente santa. Por causa do pecado fomos afastados desse Deus santo o qual somente se aproxima de nós quando purificamos o nosso coração através de um sacrifício vivificador, que no AT era um sacrifício temporário que prefigurava a Cristo o sacrifício definitivo, onde nós que o aceitamos como seu Salvador somos declarados justos e santos aproximando-nos de Deus que pelos méritos de Jesus nos vê como pessoas santas.
·         Santidade tem haver com a questão interior que vai além de coisas ritualísticas. A santidade ritual tem sentido acompanhada da interior que é pregada através de um bom testemunho.
·         Ainda não somos santos completamente, por que ainda pecamos, mas somos aperfeiçoados por Deus que exige de nós que busquemos uma vida de santidade diante Dele. Para isso, devemos estar dispostos a ouvir o que a Sua Palavra nos ensina para que sejamos renovados a cada instante até que recebamos a total santidade na Segunda Vinda de Jesus.
Aplicação:
·         Lembrando que mesmo que Deus nos vê como santos por causa de Jesus. Termos gratidão por isso.
·         Reconhecendo que precisamos melhorar em nossa caminhada com Deus.
·         Buscando a melhora em nosso viver segundo a Palavra de Deus determina para sermos, bons pais, amigos, filhos, esposos, esposas, namoradas, namorados, etc.
·         Ajudar os nossos irmãos mais novos a compreenderem o que a Escritura ensina sobre a santidade com as nossas vidas.
       
       Pastor Eric Ewans Mendes - Estudo adaptado do Livro Santidade: O Chamado de Deus para a Santificação, de Joel R. Beeke.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

EBF julho 2011.

Nos dias 15-17 de julho realizamos a nossa Escola Bíblica de Férias (EBF), onde o tema foi: "Jesus, o meu melhor amigo." E eis algumas fotos do evento onde tivemos nos dois dias mais de 60 crianças participando. A Deus seja toda a Glória! 
Veja as fotos:













































terça-feira, 6 de setembro de 2011

Santidade 1 parte: 1 Pedro 1.14-16:

Introdução:
Eu ouvi algumas piadinhas acerca dos crentes onde uma delas eles sempre diziam: lá vem o santinho. O santo do pau oco quando se referem a uma pessoa que aparenta ser santa, mas não é.
Mas, o que significa ser santo? Como as pessoas definem essa expressão? Porque essa palavra é tão importante para nós crentes?
1.      Significado da palavra Santo:
A palavra santo de onde desta derivam as palavras santidade e santificação, significa “ser separado”, ou seja, é o estar separado do uso comum secular, com o propósito de consagrar-se a Deus, sendo pessoas, lugares, ocasiões e objetos.
Gn 2.3 – Deus santificando o sábado.
Êx 28.1, 2 – Deus ordenando que Arão e seus filhos fossem separados para o sacerdócio.
Lv 23.15-20 – Um das festas onde Deus pede que separe animais e outras coisas para consagração a fim de receber o perdão dos pecados.
Lc 1.15; 2.35 – João Batista e Jesus.
At 9.15; 13.2 – Paulo chamado por Deus para pregar e Evangelho e depois separado junto com Barnabé para a obra missionária.
1 Pe 2.9 – Nos chama de “... raça eleita, sacerdócio, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus...”. Somos diferentes daqueles de quem o Apóstolo menciona nos versículos anteriores.
Ser separado implica em duas coisas: No sentido negativo, é o chamamento a santidade separando-se do pecado. No sentido positivo, ser separado é ser chamado para a santidade, consagrando a vida a Deus. Em 1 Pedro 1.14-16, o Apóstolo que cita Lv 11.45; 19.2; 20.7, declara que o crente deve viver em conformidade Aquele que o chamou e não mais conforme a natureza que ele possuía outrora quando estava longe de Cristo. Os crentes são exortados a expressarem santidade de vida em meio ao sofrimento, onde o autor sagrado diz que é possível.
A santidade tem haver com o todo da vida do ser humano, com todas as coisas. Paulo em 1 Timóteo 4.4-5, quando orienta Timóteo quanto aos perigos dos falsos ensinos, afirma que também os alimentos e as demais coisas criadas por Deus são boas e quando recebidas com ações de graças e oração são santificadas. Assim, uma coisa importante a se observar é que santo, santidade e santificação são coisas que estão relacionadas ao povo de Deus na Escritura, sendo o Deus de Israel a fonte, pois Sua natureza é santa.
2.      A compreensão errada da palavra:
É muito comum surgir alguns conceitos errados acerca desta palavra devido à má compreensão do que ela realmente significa e de sua correta aplicação, levando as seguintes idéias:  
a.       O termo santo reflete algo arcaico, regressivo e antiquado.
b.      Um legalismo moralizante, com uma lista imensa de proibições.
c.       A uma atitude em se dizer: Eu sou mais santo que você, com um sentimento de superioridade, desprezando os demais.
d.      Uma perfeição inalcançável.
Todavia, tais conceitos não pertencem a Escritura. São pensamentos e idéias de homens que não conhecem a verdade como também culpa de pessoas que dizem conhecerem, mas não a vivem, as quais impregnaram na mente dos outros tais conceitos, distorcendo a Palavra de Deus. A Bíblia nos cita os fariseus e escribas (Mt 23.1-12; Lc 18.9-12 – lembrando que nem todos os fariseus e escribas eram assim).
3.      A compreensão correta:
A aplicação correta é justamente quando se olha cuidadosamente o que a Palavra do SENHOR nos ensina sobre isso, vendo o seguinte:
a.       O chamado para ser santo e para a santidade é absoluto e exclusivo. Deus não quer uma parte do nosso coração e ser e sim o tudo (Pv. 23.26).
b.      O chamamento para a santidade é algo integral, onde toda a vida do ser humano está envolvida, inserindo todas as esferas da mesma. O ser santo é um chamamento para a santidade de sete dias da semana e de 365 dias do ano o que vai além das quatro paredes da igreja. (cf. Ef 4.17-6.20; Cl 3.5-4.6). Pertence a essência da fé e da prática religiosa.
c.       A santidade nunca se apresenta na Bíblia como um conceito farisaico com uma lista sem fim do que fazer ou não fazer, combinada com uma atitude de justiça própria. Mas ao contrário disso, é um compromisso vitalício de separarmos para o senhorio de Jesus, o que consiste em uma vivência e não em uma lista, significando viver com referência para Deus, uma relação com Ele manifestada por graça em fé e prática através de todas as esferas da vida.
d.      Isso indica sermos santos em casa, no trabalho, no jogo de futebol de videogame, nas conversas entre vizinhos, no namoro, no casamento em todos os momentos com o cônjuge, nas atividades físicas, assistindo televisão, na pizzaria, sorveteria, etc.
e.       Sermos santos não significa isentos de erros. Por estarmos neste mundo, estamos sujeitos à eles porque estamos em um processo de aprefeiçoamento, onde a cada dia somos moldados pelo Espírito Santo em nosso caráter, assemelhando-se ao caráter de Cristo. Claro que nesta jornada iremos tropeçar e cair, mas, somos levantados por Deus, conforme vemos o Apóstolo João nos ensinar em 1 Jo 1.9-2.2.
Conclusão: Ser santo é ser separado por Deus para viver segundo o caráter de Cristo. As pessoas definem errado isso por que infelizmente os crentes têm muitas vezes passado esse conceito erroneamente. Por isso, é importante que se volte os olhos com mais seriedade e humildade à Escritura, entendendo que santidade tem a ver com a vida integral do ser humano e não apenas com uma fração. São setes dias da semana, 365 dias no ano e não 54 domingos e nos demais trabalhos da igreja somente.
Aplicação: Para vivermos mais em santidade devemos:
·         Dispor-nos mais integralmente para Cristo e não em parte.
·         Parar ou nunca aceitar a idéia vida na igreja uma, vida fora da igreja outra coisa.
·         Pedirmos perdão a Deus em nossas falhas e submetermos ao que a sua palavra manda a fim de que as pessoas vejam em nós o fruto do Espírito (Gl 5.22, 23).

Estudos Bíblicos em Série

  Estarei deixando à disposição alguns estudos bíblicos em série para edificação.
 A primeira série é acerca da santificação.
 Todos esses estudos são baseados no seguinte livro:

BEEKE, Joel R. – A Santidade: O chamado de Deus para a santificação. Barcelona. Ed. O Estandarte da Verdade. Segunda Edição. 2000.
Que Deus abençoe a todos!

quarta-feira, 15 de junho de 2011